Colégio do Lago Transverso, de Nina O'Neill

Descubra os segredos sombrios do Colégio Helmyre em "Colégio do Lago Transverso", o primeiro titulo de uma trilogia de Nina O'Neill


Prepare-se para uma aventura repleta de mistério e suspense, enquanto adentra o enigmático Colégio Helmyre ao lado de um elenco de personagens excepcionalmente carismáticos. Em "Colégio do Lago Transverso", a talentosa autora carioca Nina O'Neill nos leva a um universo cativante, onde os segredos mais obscuros aguardam para serem desvendados.

Com apenas 32 anos, Nina O'Neill, física de formação e atualmente cursando um doutorado na área de informação quântica no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, demonstra sua paixão pela escrita desde a adolescência. Em 2016, ela decidiu seguir sua vocação e se profissionalizar como escritora, buscando oferecer histórias de impacto ao público.

Em "Colégio do Lago Transverso", o leitor é imerso em uma narrativa complexa, contada a partir de diferentes perspectivas. Com tramas interligadas e subtramas intrigantes, somos transportados para o Colégio Helmyre, um internato de elite, envolto em rumores misteriosos. É nesse ambiente que conhecemos os personagens principais, Alice e Eladio, cujas vidas estão profundamente entrelaçadas.

Alice, uma estudante com problemas de memória, enfrenta desafios decorrentes de sua amnésia. Incapaz de reter memórias de curto prazo, ela utiliza estratégias como manter um diário para superar essa condição. No entanto, ao ingressar no Colégio Helmyre, sua memória começa a falhar, levando-a a esconder sua deterioração e se lançar em uma investigação para recuperar suas memórias perdidas. Ao longo dessa jornada, Alice se depara com revelações surpreendentes sobre o colégio e sua própria identidade.

Em paralelo, Eladio, um garoto trans, enfrenta a pressão de uma família conservadora que valoriza o status social. Ao adentrar o Colégio Helmyre, ele vê uma oportunidade de ser autêntico, o que acarreta conflitos com sua irmã gêmea, Catarina, e seus pais. Quando Catarina é internada em um hospital psiquiátrico e um psicólogo começa a fazer perguntas estranhas sobre seu sangue, Eladio se vê obrigado a confrontá-lo.

"Colégio do Lago Transverso" marca o início de uma promissora trilogia, encantando os leitores com sua narrativa envolvente e repleta de fantasia. Nina O'Neill nos presenteia com uma história que flui naturalmente, capturando a imaginação e despertando o interesse dos leitores.

E para aproveitar essa deliciosa indicação, batemos um papo com a autora sobre sua literatura e trouxemos para enriquecer essa publicação.

Conheça a autora Nina O'Neill

Filha de poetisa brasileira e saxofonista estadunidense, Nina O'Neill foi criada no Rio de Janeiro, em um lar onde não misturar inglês e português numa mesma frase é algo raro. Faz doutorado em Física e escreve histórias com magia e monstros — algumas situadas em universos fantásticos, outras, em mundos bem semelhantes ao nosso. Lê uma mistura de clássicos, ficção especulativa, livros de filosofia, romance LGBT+ e mangá shounen. Seus hobbies incluem estudar japonês, encadernação artesanal, caligrafia e degustação de chá.



Acompanhe o trabalho da autora aqui 

Quando/Como foi que você decidiu tomar o caminho da literatura?

Minha mãe é escritora. Por isso, sempre fui encorajada a ler e me expressar através da escrita. Desde criança, escrevo histórias e tentativas de poemas como passatempo. Porém, foi apenas em 2016, quando eu tinha 25 anos, que percebi que queria levar a escrita a sério e publicar as minhas histórias.

Quais foram as dificuldades que você encontrou quando começou a escrever e como as superou?

Quando eu ainda escrevia apenas como passatempo, eu nunca planejava minhas histórias. Ia escrevendo qualquer coisa e vendo no que dava. Dessa forma, acabei criando uma história muito complexa que eu não conseguia terminar de jeito nenhum, porque não sabia como juntar as pontas soltas da narrativa. Para superar isso, comecei a estudar escrita criativa. Aprender sobre estrutura narrativa me permitiu organizar o que eu havia escrito de forma a finalmente conseguir terminar o meu primeiro livro. Além disso, comecei a interagir com outros aspirantes a escritores, e essas pessoas me deram muito apoio durante o processo da escrita.

Quais genêros e temáticas são recorrentes em suas narrativas?

A maior parte das minhas histórias se encaixa em algum sabor de fantasia. A maioria dos meus projetos de romance mescla fantasia urbana com terror, mistério e/ou suspense. Enquanto isso, minhas ideias para contos tendem a se encaixar no gênero terror. Também tenho um conto de fantasia imersiva grimdark e gostaria de voltar pra esse gênero em algum momento do futuro.

Gosto muito de temas psicológicos. Muitos personagens com depressão, vilões capazes de manipular mentes, cenários onde os personagens não sabem o que é real e o que não é, sonhos, esse tipo de coisa. Além disso, eu sou física então conceitos de física aparecem com frequência nos meus livros. Uma das minhas coisas favoritas é inventar poderes e conceitos mágicos com regrinhas inspiradas na física e na matemática. Por último, como eu sou uma mulher que trabalha numa área de maioria masculina, grande parte da minha vida foi marcada por um conflito entre o meu comportamento e aquele que é esperado para o meu gênero. Dessa forma, gosto muito de criar personagens que subvertem papéis de gênero, além de raças fantásticas e sociedades onde as concepções sobre gênero são diferentes.

Como foi a experiência de produzir Colégio do Lago Transverso e seu resultado?

O processo de escrita de Colégio do Lago Transverso foi um grande caos. Eu comecei a escrever a história quando ainda era adolescente, mas naquela época, eu não pensava em publicar. Eu apenas escrevia como passatempo e acabei com um documento gigante que eu não fazia ideia de como finalizar. Depois de estudar escrita criativa e conversar com diversas pessoas, tive a ideia de dividir aquele monstrinho em 3 livros diferentes, um dos quais se tornou Colégio do Lago Transverso. Eu fiquei muito feliz com o resultado da publicação. Foi melhor do que eu esperava, considerando que eu não tenho tanto tempo para investir em marketing.

Em sua literatura há elementos autobiográficos ou personagens que refletem sua visão de mundo?

Eu odeio falar sobre meus próprios sentimentos, então a escrita me permite trabalhar meus dramas internos ao mesmo tempo em que finjo que estou contando uma história que não é sobre mim. Há muitos elementos autobiográficos nas minhas histórias, mas os personagens nunca refletem totalmente a minha visão de mundo. Eu não quero escrever histórias do tipo que, quando você lê, é óbvio quem o autor quer que você considere que está certo e quem ele quer que você considere que está errado. Eu quero que os meus leitores discordem entre si sobre quais personagens estão corretos e quais estão errados. Se eu colocasse um personagem que pensasse igual a mim, eu não teria confiança de que eu seria capaz de desenvolver esse personagem de maneira suficientemente imparcial para gerar esse efeito.

E por fim, o que mais os leitores podem esperar de seus próximos lançamentos?

Atualmente, estou trabalhando na continuação de Colégio do Lago Transverso. Enquanto que o primeiro livro foi mais uma mistura de fantasia com mistério, o segundo vai ser mais um mix de fantasia com suspense/thriller. Também devem ser lançados alguns contos meus esse ano. Um deles é de terror e o outro eu tenho quase certeza que será também.


Entrevista e arte de vitrine por Filipo Brazilliano

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