Resenha: Absolutos, de Rodolfo Salles

Em parceria com o autor M. P. Neves (@mpneves_autor), o Portal Cataprisma traz a resenha de Absolutos, uma história da autoria de Rodolfo Salles (@rodolfodesalles).

Absolutos – Rodolfo Salles  

Absolutos, do Rodolfo Salles, é uma space opera colorida e bombástica, que mostra o potencial do autor brasileiro dentro de diversos gêneros literários.

Para sintetizar, Absolutos: Sinfonia da Destruição é uma mistura de Harry Potter com Guardiões da Galáxia. A obra tem todo o frescor otimista dos primeiros livros de J K Rowling, com um universo tão louco e divertido quanto o do filme de James Gunn.

Acompanhamos o protagonista Érico que, fiel à fórmula de tantas obras fantásticas, é um tipo de escolhido. Mas ele não está destinado a salvar o universo, e sim destruí-lo. Érico descobre que é um Absoluto, um ser como poucos na galáxia, capaz de grandes feitos para o bem e para o mal. Mas o que o garoto quer mesmo é ser um hacker e montar uma equipe de caçadores de relíquias. Então, parte numa jornada para apagar o próprio destino, escrito em sua pele em tatuagens misteriosas.

O protagonista, apesar do fardo pesado que carrega, é bastante animado e otimista, e não deixa a sina de Absoluto perturbá-lo demais. É claro que ele possui um conflito interno, mas se mostra sempre pendendo para a convicção de que vai conseguir resolver seus problemas e alcançar seus sonhos. Confesso que prefiro os tipos perturbados, mas é bom ler uma história sobre um cara genuinamente legal para variar um pouco.

Junto a ele, um elenco de coadjuvantes de todas as etnias, gêneros e espécies embarcam nessa aventura, alguns por escolha própria, outros forçados a agir. Criaturas interessantíssimas povoam o universo de absolutos, desde Evos sintéticos a tharos e tharinas com habilidades poderosíssimas de abrir portais dimensionais. O autor capricha na inventividade e personalidade de seus personagens e dá ao mundo tons vibrantes, que me fizeram lembrar de Guardiões da Galáxia. Tem até trilha sonora para acompanhar alguns momentos, vocês entenderão quando lerem.

A saga continua em Absolutos: Réquiem da Ascensão, e em breve será lançada em versão física, com mais livros por vir. Aguardo ansiosamente a conclusão dessa série divertidíssima!

Conheça o autor Rodolfo Salles

Rodolfo Salles é a mente criativa por trás da Saga dos Absolutos, escritor de ficção fantástica e diretor de arte da revista A Taverna. Designer especialista em produção de vídeos, nasceu e mora em São Paulo. Escreve desde criança, período em que começou a criar mundos fantásticos e lúdicos.



Quando decidiu seguir o caminho da escrita?

Desde pequeno, eu gostava de criar histórias quando brincava com bonecos dos Cavaleiros do Zodíaco, Lego e Playmobil. As histórias viravam sagas complexas cheias de tramas paralelas e desdobramentos malucos (meus amiguinhos que iam brincar em casa até estranhavam, rsrs). Nessa época, também desenhava personagens, ilustrações e, não demorou muito, entrei para a criação de quadrinhos.

Mas eu era péssimo com o desenho.

Ainda assim, na ânsia de contar histórias, eu insisti, mas não tinha jeito. Não conseguia evoluir meu traço e me frustrava bastante. 

Mesmo incapaz de desenhar bem, eu criei duas histórias em quadrinho longas (uma completa de 60 capítulos e outra inacabada de 90 capítulos).

Quando eu estava prestes a desistir, uma amiga me deu uma ideia: “e se você escrevesse suas histórias ao invés de desenhá-las?” Eu já escrevia histórias em cadernos, mas este foi o estopim para começar uma nova jornada focado na escrita profissional.

Quais obstáculos enfrentou e como os superou? 

Foram incontáveis obstáculos (risos) E eles perduram até hoje, pois não é fácil ser autor no Brasil. Acho que a principal dificuldade para o autor independente é cuidar de tudo, o que pode ser uma benção e uma maldição ao mesmo tempo. Tento superar isso dando um passo de cada vez. Antes eu me cobrava muito para fazer as coisas rápido e bem-feito, mas essas duas características não andam juntas. Então, prefiro demorar um pouco mais e entregar um material do qual eu me orgulhe. Estou rodeado de profissionais e amigos que me ajudam nesse processo e tornam Absolutos ainda melhor.

Quais gêneros você diria que trabalha?

Trabalho com o gênero de fantasia, em subcategorias diversas como Space Opera (aqui entra a polêmica da Space Opera ser subcategoria da Ficção Científica, mas para mim é impossível enquadrar Absolutos, Star Wars e Guardiões da Galáxia como FC); Aventura, Ação e até Fantasia Épica. Também quero explorar um pouco de Fantasia Sombria em futuras histórias.

Quais temáticas são recorrentes em suas narrativas?

A principal temática de Absolutos, minha história atual, é o poder. Até que ponto o poder molda o caráter e o que cada pessoa é capaz de fazer com poder em mãos. Também exploro temas como Destino e Escolha, o significado de famílias, diferenciações culturais e ideológicas, legados, dentre muitos outros.

Como foi a experiência de produzir Absolutos?

A Saga dos Absolutos começou com um conto (ele se perdeu junto com meu HD antigo) que mostrava um rapaz cujo nome determinava seu Destino encontrando uma entidade. A partir daí, comecei a desdobrar essa curta história em novos conceitos e expandir.

Concentrei a pesquisa no gênero Space Opera. Queria dar a ele uma cara nova focando não nas viagens espaciais, mas nos planetas exóticos. Também pesquisei muito para criar lugares fantásticos, personagens com vozes individuais marcantes e até sistemas governamentais intergalácticos. A pesquisa nunca termina. Primeiro publiquei Absolutos na plataforma gratuita Wattpad, na qual colhi muitos feedbacks positivos sobre a obra. Com isso, ganhei confiança o suficiente para reescrever e publicar a obra de forma profissional na Amazon como autor independente. Essa reescrita se expandiu muito no livro 2 com subtramas e novos personagens.

Gosto muito do resultado. Absolutos é minha primeira obra e acredito que foi um bom começo. Ainda tenho muitas histórias para contar, mas considero esse um ótimo ponto de partida.

Para quem você diria que escreve e que tipo de público iria se interessar pelas histórias que conta? O que atrai o leitor para suas narrativas?

Espero atrair um público que goste de histórias que se desdobram, com escrita direto ao ponto, cheias de personagens e subtramas entrelaçadas e, claro, mistérios e reviravoltas que não podem faltar. Algumas pessoas ficam com medo de que seja uma Ficção Científica, mas não se preocupem: a história é pura Fantasia, sendo a viagem espacial apenas um elemento da obra. 

Por fim, o que mais os leitores podem esperar de seus próximos projetos e produções?

A Saga dos Absolutos terminará no livro 3, mas pretendo explorar contos na Galáxia de Eidola e em outras. Inclusive, lancei recentemente o conto Missões de Paz, que se passa 300 anos antes da história. Também estou trabalhando na campanha do Catarse para o lançamento do primeiro volume impresso. Para finalizar, meu próximo projeto após Absolutos será uma fantasia mais sombria e de temas mais pesados em volume único. 

Muito obrigado pela entrevista e pelo interesse e parabéns pelo projeto incrível que ajuda a nossa literatura a crescer <3

Arte de vitrine e entrevista por Filipo Brazilliano

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