A escritora Joice Cristina Carollo (@escritoraociosa), autora das obras A Batalha do Apocalipse, Trindade e Palavras mortas que quase me mataram, foi uma das convidadas de uma live no perfil do Instagram de Filipo Brazilliano (@filipobrazilliano). O tema da conversa foi sobre os processos de autopublicação e a experiência na autoria independente, um modelo de publicação literária que permite total liberdade criativa e editorial aos autores.
Joice Cristina Carollo é apaixonada por livros desde muito cedo, sempre teve o sonho de contar suas próprias histórias e ser reconhecida como autora. A sua primeira conquista na literatura foi aos 9 anos, quando foi convidada a ler um texto da sua autoria sobre “Cidadania” numa rádio local da sua cidade. Desde então, ela não parou de escrever e se dedicar ao seu ofício.
Sobre suas obras
Seu primeiro livro, A Batalha do Apocalipse, foi lançado de forma independente pela plataforma UICLAP e Amazon. A obra tem uma narrativa bem humorada que mistura aventura e terror, e conta a história de uma humana junto com animais de estimação tentando salvar o mundo do apocalipse zumbi. Apesar das ilustrações e personagens como pets, esse não é um livro infantil.
Em seguida, lançou sua segunda obra, Trindade, uma antologia com três contos de horror psicológico que abordam todo tipo de medo e saúde mental debilitada, colocando o leitor no mesmo lugar do personagem que está sofrendo algum transtorno.
Palavras Mortas que Quase me Mataram é seu terceiro livro, um compilado com os textos, frases, poesias e monólogos de Joice Cristina Carollo, em apenas uma obra. A autora enfatiza que “Palavras Mortas é tudo o que quase me matou em versos, e eu sobrevivi.”
Em um bate papo com o Portal Cataprisma, Joice Cristina Carollo contou detalhes de seus processos e como geralmente atua em seus projetos literários. Confira a seguir a entrevista na íntegra
Tête-à-tête com Joice Cristina Carollo
1) Conte um pouco sobre o seu envolvimento com a literatura.
A minha falecida mãe costumava ler para mim quando eu era criança. Uma das lembranças mais vivas que tenho foi de um dia em que recebemos vários livros de presente de um amigo da família. Entre eles havia uma HQ da Alice no País das Maravilhas, um livro da Bela e a Fera, e o Patinho Feio. Eu tinha uns 3 ou 4 anos na época. Me apaixonei pela história de Alice no País das Maravilhas e pedi para minha mãe me ler várias vezes. Cheguei a decorar as falas e as imagens da história.
O que me atraiu para o mundo literário foi a possibilidade de visitar e criar outros universos, outras possibilidades e outras realidades. Com a arte que produzo, acima de tudo, busco me expressar e ser lida; mas a escrita tem ganhado cada vez mais chances de se tornar o meu projeto de imortalidade.
2) Teve dificuldades dentro do meio literário que precisou superar e qual foi sua maior evolução enquanto escritora?
Considero uma grande dificuldade divulgar os meus livros. No tempo que tenho livre, geralmente eu escrevo. Como eu já trabalho com marketing digital e design, nas minhas folgas eu não tenho saco pra continuar fazendo isso. E também não tenho condições financeiras para pagar divulgação todos os meses.
À medida que fui conquistando novos leitores, fui me tornando mais sociável e me abrindo mais para as pessoas. Me tornei uma pessoa melhor nesse aspecto. Para mim, meus leitores não são apenas números, são parte da minha história, da minha vida cotidiana. Procuro sempre dar uma atenção especial a quem me procura, e me esforço para guardar o nome de todos. Tenho um carinho genuíno por essas pessoas.
3) Quais gêneros você costuma trabalhar e quais temáticas são recorrentes em suas narrativas?
4) Quais obras já produziu e o que o leitor irá encontrar assim que adquirir as histórias?
Trindade contém 3 contos de horror psicológico que abordam medos e doenças mentais; com muita pesquisa eu tentei chegar o mais próximo possível de colocar o leitor no lugar de alguém que sofre com algum transtorno.
Palavras Mortas que Quase me Mataram: Compilei todos os meus textos, frases, poesias, monólogos, etc, em apenas uma obra. Não alterei nada na essência dos escritos, apenas corrigi os erros que percebi, e combinei melhor as palavras. Busco alcançar pessoas que se identifiquem comigo, que tenham passado ou estejam passando por algo que passei. Palavras Mortas é tudo o que quase me matou em versos, e eu sobrevivi.
5) O que pode nos contar sobre a concepção das suas ideias e seu processo de escrita?