Em parceria com o autor M. P. Neves (@mpneves_autor), o Portal Cataprisma traz a resenha de Barbarel - País da noite, uma história da autoria de Leona Volpe (@volpe.leona).
|I Barbarel - País da noite – Leona Volpe I|
Meu conhecimento sobre fadas veio, principalmente, dos jogos de RPG "Changeling: o Sonhar", primo dos famosos "Vampiro: a Máscara" e "Lobisomem: o Apocalipse". Fiquei feliz por exercitar todo esse saber sobre seres feéricos em Barbarel.
Se você nunca leu nada sobre fadas, pode começar por esta obra porque a pesquisa foi bem-feita. Esqueça as criaturinhas luminosas com asas de borboleta. As fadas em Barbarel são representadas com toda a riqueza da mitologia celta, como seres excessivamente belos e igualmente perigosos.
A viagem de Cora pelo Subterrâneo é uma mistura de sonho e pesadelo. Ela procura, ao mesmo tempo, um tesouro que foi acusada de roubar e uma pessoa muito importante para ela, desaparecida misteriosamente. Mensagens crípticas de um ser chamado "Meia-Noite" guiam-na pela loucura do mundo das fadas. Minha sensação é a de que o tal vilão esteve no controle dos acontecimentos do início ao fim, aguardo as sequências para comprovar a teoria.
A escrita é admirável. Tudo em Barbarel tem cor, som e cheiro muito específicos, e não se trata de uma obra extensa, o que significa que a autora sabia exatamente o que queria nos mostrar, e não deixou nada de fora. Os momentos mais quentes e os mais sombrios se intercalam com ação e mistério, proporcionando uma narrativa variada e divertida. Aliás, minha cena favorita foi a do banquete com o Ás.
Ao passear pelo Mercado Goblin, minha sensação foi a de que poderia ver os personagens Hellboy e o Abe Sapien, entre a multidão, em uma aventura paralela. Digo isso porque Barbarel me pareceu muito com um filme do Guillermo Del Toro, uma mistura de Hellboy 2 e O Labirinto do Fauno.
Barbarel tem de tudo para agradar diversos públicos leitores. Sejam damas ou cavalheiros, criaturas ou fantasmas.
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