Resenha: Barbarel, de Leona Volpe

Em parceria com o autor M. P. Neves (@mpneves_autor), o Portal Cataprisma traz a resenha de Barbarel - País da noite, uma história da autoria de Leona Volpe (@volpe.leona).


|I Barbarel - País da noite – Leona Volpe I| 


A sinopse da obra apresenta Cordélia, uma bancária com um passatempo à primeira vista, inocente: estudar contos de fadas. Quando se torna principal suspeita do roubo e desaparecimento de uma famosa ilusionista, Cordélia terá treze horas para provar sua inocência ou enfrentar as consequências de um crime que não cometeu. Mas um acordo com um misterioso feérico pode prejudicar seus planos.


Meu conhecimento sobre fadas veio, principalmente, dos jogos de RPG "Changeling: o Sonhar", primo dos famosos "Vampiro: a Máscara" e "Lobisomem: o Apocalipse". Fiquei feliz por exercitar todo esse saber sobre seres feéricos em Barbarel.

Se você nunca leu nada sobre fadas, pode começar por esta obra porque a pesquisa foi bem-feita. Esqueça as criaturinhas luminosas com asas de borboleta. As fadas em Barbarel são representadas com toda a riqueza da mitologia celta, como seres excessivamente belos e igualmente perigosos.

A viagem de Cora pelo Subterrâneo é uma mistura de sonho e pesadelo. Ela procura, ao mesmo tempo, um tesouro que foi acusada de roubar e uma pessoa muito importante para ela, desaparecida misteriosamente. Mensagens crípticas de um ser chamado "Meia-Noite" guiam-na pela loucura do mundo das fadas. Minha sensação é a de que o tal vilão esteve no controle dos acontecimentos do início ao fim, aguardo as sequências para comprovar a teoria.

A escrita é admirável. Tudo em Barbarel tem cor, som e cheiro muito específicos, e não se trata de uma obra extensa, o que significa que a autora sabia exatamente o que queria nos mostrar, e não deixou nada de fora. Os momentos mais quentes e os mais sombrios se intercalam com ação e mistério, proporcionando uma narrativa variada e divertida. Aliás, minha cena favorita foi a do banquete com o Ás.

Ao passear pelo Mercado Goblin, minha sensação foi a de que poderia ver os personagens Hellboy e o Abe Sapien, entre a multidão, em uma aventura paralela. Digo isso porque Barbarel me pareceu muito com um filme do Guillermo Del Toro, uma mistura de Hellboy 2 e O Labirinto do Fauno.

Barbarel tem de tudo para agradar diversos públicos leitores. Sejam damas ou cavalheiros, criaturas ou fantasmas.


Acompanhe a autora aqui


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem